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É tempo de conexões mais significativas! - M2ALL
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É tempo de conexões mais significativas!

Qual é a VERDADEIRA missão da unidade de Gestão de Pessoas? Vamos debater esta importante questão que vem fazendo parte da disrupção que ocorre nesta área!

Não adianta chamar uma área de Gestão de Pessoas, enquanto ainda não ultrapassamos os limites das relações do trabalho e indo em direção das relações humanas.

No meu artigo “É tempo de conexões mais significativas” (republicado em 05/08/20 em https://www.linkedin.com/pulse/%25C3%25A9-tempo-de-conex%25C3%25B5es-mais-significativas-marcos-rabstein-1e   , eu comentava sobre a importância da humanização do ambiente corporativo. As unidades de Gestão de Pessoas precisam dar mais atenção às relações humanas do que as do trabalho. Isto já está acontecendo em grandes organizações e tende a se figurar entre as tendências dos próximos anos na Gestão de Pessoas.

Notadamente, outras tendências se configuram neste cenário:

  • As competências técnicas nunca deixarão de ser importantes, mas perderão o foco na seleção de pessoas em detrimento do que se chamam de “soft skills” (competências comportamentais). Como profissional da área, tenho aplicado metodologias bastante inovadoras para avaliar a personalidade e as atitudes dos candidatos aos diversos cargos. A ideia não é perguntar, por exemplo, se o candidato é resiliente, mas coloca-lo a prova em testes práticos que desafiam-no neste sentido. E como já dizia Peter Drucker “pessoas serão cada vez mais contratadas por suas competências técnicas e demitidas por suas incompetências comportamentais”. Com toda ousadia ao criticar o pensamento deste mestre da administração, creio que nem mais contratados serão.
  • O desenvolvimento do indivíduo tende a ser “dosado em pílulas”, ou seja, além da formação básica exigida por cada cargo, a proposta é que ele se insira em um programa de aprendizado contínuo com “doses homeopáticas” de conhecimento. Isto significa habituar as pessoas a estarem constantemente se capacitando e atualizando. Como dizia o antigo pensamento oriental “o conhecimento não ocupa lugar no cérebro”, como uma alusão ao fato de que sempre podemos aprender novas coisas. Acrescentaria que também não deve ocupar tempo, no sentido de que não seja dada prioridade à capacitação na agenda pessoal de cada um.
  • A pluralidade é outra tendência mundial nas empresas, onde um forte trabalho de luta contra os diversos preconceitos está sendo desenvolvido. Neste sentido encontram-se a quebra de paradigmas quanto à desvalorização da mulher e sua equiparação com o homem, a condenação de preconceitos raciais e de orientação sexual, além da abertura do mercado de trabalho para pessoas com limitações físicas e mentais e de pessoas da melhor idade. Este é um movimento de inclusão social e profissional.
  • Os processos seletivos serão mais inteligentes, como dito anteriormente, mas além disto, não precisarão mais ser realizados de forma presencial. Testes e entrevistas passarão para o ambiente virtual, facilitando e agilizando o processo. Uma disrupção trazida pela recente pandemia do COVID-19 foi a maior aceitação do “home office” como opção para muitas funções nas empresas. Isto significa dizer que a barreira de distância da moradia ao trabalho cai por terra em boa parte dos casos.
  • As empresas estão muito preocupadas com a sua difícil missão de selecionar, desenvolver e reter talentos. Para isto precisam reforçar o valor de sua marca no mercado de “boas empregadoras”. O termo “employer branding” (marca de empregador) chega ao mercado como um conjunto de técnicas e ferramentas para gerar uma percepção positivado mercado a respeito de sua empresa como local de trabalho. Em um cenário cada vez mais competitivo, as empresas estão adotando o employer branding como forma de manter os melhores colaboradores, crescer e se tornar destaque entre os concorrentes.

Finalmente, eu acrescentaria uma forte mudança nas relações do trabalho com um foco maior no desempenho e menos cobrança sobre jornada de trabalho. Menos carteira assinada e mais contratação por “job”. Isto significa uma maior flexibilização nos horários e dias de trabalho, pois o que estará em jogo não será quantas horas o profissional trabalhou (ou se esteve ou não na empresa) e sim o quanto ele entregou de resultado. As leis trabalhistas brasileiras começam a sinalizar a concretização desta mudança com alterações significativas na legislação trabalhista.

E acredito que ainda há muito mais por vir. É preciso que agora o profissional pense que “enganar que está trabalhando, sentado em sua cadeira no escritório” não servirá mais para garantir o seu emprego. Aliás, emprego? O que é isto mesmo?

Marcos Rabstein é sócio-diretor da M2ALL Consultores, empresa de consultoria, treinamento e coaching, especializada em planejamento e gestão empresarial com focos em marketing, vendas processos e pessoas. m2all@m2all.com.br

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